sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PORTAL TERRA CITA DEMÉTRIO BETTIOL



TRECHO DA REPORTAGEM.

Software gratuito já é usado em quatro Estados
Os
jogos que serão oferecidos nas escolas estaduais do Rio de Janeiro seguem a linha de alternativas já existentes para o ensino da matemática com ferramentas digitais. Uma delas é o GeoGebra, um software de matemática dinâmica gratuito e compatível com diferentes plataformas. Criado em 2001 pelo austríaco Markus Hohenwarter, o programa combina conteúdos de geometria, álgebra, tabelas, gráficos, estatística e cálculo. No Brasil, quatro institutos difundem a aplicação, no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), em Maringá (PR) e em Fortaleza (CE).
A coordenadora do Instituto GeoGebra São Paulo, Celina Abar, explica que o software pode ser utilizado a partir do momento em que a matemática começa a ser ensinada, inclusive em turmas de alunos mais novos. Para ela, a utilização depende da atitude positiva do docente em relação à ferramenta, bem como do apoio dos órgãos educacionais. O instituto paulista foi o terceiro criado na América Latina e está vinculado à Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da PUC-SP. Segundo a coordenadora, uma das áreas de pesquisa desenvolvidas recentemente tem se voltado para a adaptação do GeoGebra em tablets.
Em Santa Catarina, a professora de matemática Ana Lúcia Pintro é uma das adeptas do uso do GeoGebra em sala de aula. Há quatro anos, ela emprega a ferramenta em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em duas escolas municipais: a EMEF Padre José Francisco Bertero, em Criciúma, e a EEF Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul. A experiência tem sido gratificante. "Eles assimilam os conceitos fundamentais sem ser uma coisa forçada. É como aprender a falar, a comer", compara a professora.
Sem curso preparatório - Ana Lúcia garante ter aprendido a utilizar o GeoGebra lendo os manuais disponibilizados na internet -, a educadora já elaborou uma lista com mais de 50 jogos e atividades que podem ser explorados com o uso do software. A professora também disponibiliza em seu blog algumas apostilas com essas tarefas para professores que queiram fazer uma experiência com o programa em suas aulas.
Mesmo com a disponibilidade de programas gratuitos para o ensino da matemática, Celina acredita que as escolas brasileiras têm de passar por uma adequação. "Os professores têm que se adaptar. As crianças já nascem com o dedo na tela", afirma. A coordenadora do Instituto GeoGebra São Paulo também aposta na falta de formação própria para esse fim como uma das causas para a baixa adesão em comparação a outros lugares do mundo. "É um trabalho lento", admite. Para o professor Cristiano Alberto Muniz, a estrutura deficiente também é um fator condicionante. "Nós não disponibilizamos tecnologia para explorar toda essa riqueza", lamenta.
O presidente da SBEM indica ainda a falta de uma cultura pedagógica que encare as novidades tecnológicas como aliados da educação - segundo ele, a maioria dos professores atuais pertence a uma geração que não teve contato direto com as inovações da área. Além disso, ele afirma que a carência de investimentos também é prejudicial. "O estado tem que investir na alfabetização tecnológica dos professores, ou eles não vão conseguir se apoderar dessas tecnologias como instrumento pedagógico", sentencia.

PARA LER A REPORTAGEM COMPLETA, CLIQUE AQUI.