Software gratuito já é usado em quatro Estados
Os jogos que serão oferecidos nas escolas estaduais do Rio de Janeiro seguem a linha de alternativas já existentes para o ensino da matemática com ferramentas digitais. Uma delas é o GeoGebra, um software de matemática dinâmica gratuito e compatível com diferentes plataformas. Criado em 2001 pelo austríaco Markus Hohenwarter, o programa combina conteúdos de geometria, álgebra, tabelas, gráficos, estatística e cálculo. No Brasil, quatro institutos difundem a aplicação, no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), em Maringá (PR) e em Fortaleza (CE).
Os jogos que serão oferecidos nas escolas estaduais do Rio de Janeiro seguem a linha de alternativas já existentes para o ensino da matemática com ferramentas digitais. Uma delas é o GeoGebra, um software de matemática dinâmica gratuito e compatível com diferentes plataformas. Criado em 2001 pelo austríaco Markus Hohenwarter, o programa combina conteúdos de geometria, álgebra, tabelas, gráficos, estatística e cálculo. No Brasil, quatro institutos difundem a aplicação, no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), em Maringá (PR) e em Fortaleza (CE).
A coordenadora do Instituto GeoGebra São Paulo,
Celina Abar, explica que o software pode ser utilizado a partir do momento em
que a matemática começa a ser ensinada, inclusive em turmas de alunos mais
novos. Para ela, a utilização depende da atitude positiva do docente em relação
à ferramenta, bem como do apoio dos órgãos educacionais. O instituto paulista
foi o terceiro criado na América Latina e está vinculado à Faculdade de
Ciências Exatas e Tecnologia da PUC-SP. Segundo a coordenadora, uma das áreas
de pesquisa desenvolvidas recentemente tem se voltado para a adaptação do
GeoGebra em tablets.
Em Santa Catarina, a professora de matemática Ana
Lúcia Pintro é uma das adeptas do uso do GeoGebra em sala de aula. Há quatro
anos, ela emprega a ferramenta em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental
em duas escolas municipais: a EMEF Padre José Francisco Bertero, em Criciúma, e
a EEF Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul. A experiência tem sido gratificante.
"Eles assimilam os conceitos fundamentais sem ser uma coisa forçada. É como
aprender a falar, a comer", compara a professora.
Sem curso preparatório - Ana Lúcia garante ter
aprendido a utilizar o GeoGebra lendo os manuais disponibilizados na internet
-, a educadora já elaborou uma lista com mais de 50 jogos e atividades que
podem ser explorados com o uso do software. A professora também disponibiliza
em seu blog algumas apostilas com essas tarefas para professores que queiram
fazer uma experiência com o programa em suas aulas.
Mesmo com a disponibilidade de programas
gratuitos para o ensino da matemática, Celina acredita que as escolas
brasileiras têm de passar por uma adequação. "Os professores têm que se
adaptar. As crianças já nascem com o dedo na tela", afirma. A coordenadora
do Instituto GeoGebra São Paulo também aposta na falta de formação própria para
esse fim como uma das causas para a baixa adesão em comparação a outros lugares
do mundo. "É um trabalho lento", admite. Para o professor Cristiano
Alberto Muniz, a estrutura deficiente também é um fator condicionante. "Nós
não disponibilizamos tecnologia para explorar toda essa riqueza", lamenta.
O presidente da SBEM indica ainda a falta de uma
cultura pedagógica que encare as novidades tecnológicas como aliados da
educação - segundo ele, a maioria dos professores atuais pertence a uma geração
que não teve contato direto com as inovações da área. Além disso, ele afirma
que a carência de investimentos também é prejudicial. "O estado tem que
investir na alfabetização tecnológica dos professores, ou eles não vão
conseguir se apoderar dessas tecnologias como instrumento pedagógico",
sentencia.PARA LER A REPORTAGEM COMPLETA, CLIQUE AQUI.